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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Nossa rotina

É uma sexta-feira seca, venta frio. E nesse mundo paralelo eu paro pra refletir na nossa rotina que não tem sido rotina mais. Não temos tido mais tempo de viver nossa mesmice de todas as manhãs. Mas calma, falta pouco pra acabar.
Saudade das sexta-feiras corridas em que eu passo o dia me preparando pra te ver, empacoto minhas coisas e levo pra sua casa como se fosse passar o mês fora. Minha sacola cheia de opções e meu coração engasgado de saudade.
Eu chego e te acordo com uma porção de beijos. Você, cansado do trabalho, faz cara de quem quer mais e me pede pra eu não te largar. A gente pede um yakissoba e você mesmo sem gostar, abre mão de comer na cozinha e me deixa sujar sua cama de shoyu.
E ai a gente passa horas conversando e se amando - que susto! Já são duas da manhã e você precisa ir dormir. Mas você não dorme e fica arrastando sua aversão a sono até umas três e meia, enquanto eu já estou no quinto sono e recebo seus cutucões por respirar forte e atrapalhar você. São nove da manhã e você acorda atrasado. Não importa. É com uma tonelada de beijos e carinhos no pé que eu percebo que você está saindo pra trabalhar.
São onze horas e eu acordo com o barulho de portão e cachorro latindo, escovo meus dentes e desço rapidinho sem ninguém perceber pra subir com meu café-com-leite bem quente naquela xícara gigantesca da sua avó. Meio dia e pouco e você já está correndo pra voltar, me pega recém saída do banho e vendo aquela série de prisão feminina que eu amo e você odeia... E nessa indecisão entre prestar atenção em você reclamando de alguns clientes chatos e terminar de ver o episódio, a gente corre pra algum lugar pra almoçar e passar o resto do dia fazendo qualquer coisa que a gente goste. Ir ao shopping, visitar seu sobrinho, tomar um açaí na pracinha, ir em algum show ou simplesmente assistir qualquer desses programas chatos na tv.

É sábado a noite e a gente continua na indecisão se a gente se ama, se a gente está com fome ou se a gente só quer dormir mais um pouco. Então a gente belisca qualquer besteira, corre pro bar mais próximo com nossos amigos e toma uma cerveja de banana.
E ai de última hora inventamos de sair no domingo de manhã, tomamos um café reforçado, eu pego um tênis emprestado e a gente corre pro Parque do Ibirapuera pra andar de bicicleta. Enquanto você ri de mim, eu ameaço tombos e aprendo a trocar a marcha. E nosso dia corre mais rápido do que poderia. A gente pede algumas esfihas e vai dormir com azia prometendo nunca mais fazer isso.
É segunda de manhã e você me leva atrasada pro trabalho enquanto eu perco a paciência, e nesse meio tempo eu percebo que estou brava e não é com você... É pelo tempo passar rápido demais.
Essas últimas semanas eu tenho sentido falta dessa nossa rotina atrapalhada e gostosa, mas falta pouco pra eu poder passar mais tempo de novo ao seu lado, dormindo esmagada na nossa cama de solteiro e comendo porcarias o dia inteiro.
E nisso nossa vida vai seguindo, transbordando saudade, ligações desesperadas na madrugada, rolês solitários e trabalho estressante.
Da nossa rotina, só a gente entende. E o mais gostoso de tudo isso é que esses momentos me fazem perceber que eu te amo mais que ontem, mas não mais do que te amarei amanhã.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Tudo sobre minha rinoplastia!

Oi gente!
Bom, hoje o post no blog vai ser totalmente aleatório, porque depois de muita gente me pedindo, eu resolvi contar um pouco sobre a minha rinoplastia (cirurgia plástica no nariz).
Quando eu comecei a levar a sério a ideia de fazer essa cirurgia, o que eu mais fazia era pesquisar blogs contando sobre experiências, e isso me ajudou demais! Então acho que assim posso ajudar tanto pessoas que conheço, quanto pessoas que estão pesquisando sobre o assunto.
Antes de qualquer coisa, quero dizer que eu não estou induzindo ninguém a fazer uma cirurgia plástica e que muito menos sou médica, então quem tiver vontade, procure a opinião de um profissional. Aqui eu vou contar sobre a minha experiência e sobre o meu caso.

Eu nunca fui muito feliz com o meu nariz. Na verdade, ele era bonitinho até eu começar a ficar adolescente... Mas depois o meu dorso (o ossinho que fica no meio) começou a parecer cada vez maior, e isso me incomodava muito. Eu sempre ficava imaginando como seria se eu fizesse era cirurgia um dia, mas eu nunca, em hipótese alguma teria coragem de fazer, e nem dinheiro. Mas as coisas aconteceram muito rápido...
Um dia, no começo do ano passado mais ou menos, eu marquei um otorrino pra fazer exames de rotina, e ele me disse que eu tinha desvio no septo e por isso tinha alguns problemas de respiração. Uma das minhas narinas (direita) era mais fechada do que a outra, por isso eu respirava mal, tinha problemas de sensibilidade e roncava a noite.
Fiquei com isso na cabeça, e remarquei pra conversar com ele sobre isso, pra saber como era a cirurgia de desvio e como funcionaria caso eu quisesse fazer a parte estética junto. O médico me explicou como funcionaria e o que precisaria ser feito, mas ele só operava a parte funcional e precisaria de um outro profissional pra fazer a parte estética, e me indicou uma médica que ele estava acostumado a trabalhar.
Pesquisei muito sobre ela antes e liguei pra marcar uma consulta. Mas ai que tá: a consulta dela era muito cara, e eu não estava disposta a pagar por uma coisa que eu nem sabia se ia rolar, sabe?
Continuei na minha, pensando e repensando na cirurgia e se eu deveria fazer ou não. Foi quando lembrei que uma amiga minha também tinha operado e peguei o contato do médico dela. Pesquisei sobre ele na internet e vi que ele não era cirurgião plástico e sim, otorrino. Hoje em dia, muitos otorrinos são especializados pra operar tanto a parte funcional quanto a estética. Marquei uma consulta, adorei o médico, conversamos bastante sobre o que seria feito.
Essas fotos foram tiradas a pedido do próprio médico para análise.

Bom, como vocês podem ver, eu tinha o dorso bem alto, e a ponta do meu nariz era um pouco desproporcional e levemente torta pra esquerda (isso devido ao desvio do septo).
O que precisaria ser feito? Lixar o dorso pro meu nariz ficar reto, alinhar meu nariz e dar uma leve afinada na ponta.
Meu médico desde o inicio me explicou inúmeras coisas sobre proporção, e a principal era que 'meu nariz não era grande, e sim meu queixo que era pequeno', e mais uma vez isso por causa do desvio. A gente nunca pensa que uma respiração ruim pode alterar a estrutura do nosso rosto ao longo dos anos, e sim, isso acontece. O Dr. me explicou que o ideal seria fazer essa cirurgia junto com um tratamento ortodôntico a alguns anos atrás, mas como eu já usei 9 anos de aparelho e não tinha como fazer essa cirurgia antes, então eu tenho que lidar com meu queixo um pouco retraído. (Depois de pesquisar e conhecer muita gente que fez essa cirurgia, descobri que eu teria a opção de fazer uma mentoplastia, que é um implante no queixo... Mas eu não faria nem antes e nem agora, isso nunca me incomodou).

Depois de uma bateria de exames, exame de sangue, exame cardiológico e mais umas duas ou três idas ao consultório, marquei uma cirurgia pro dia 8 de fevereiro, com o Dr. Reginaldo Fujita no Hospital Rubem Bertha em SP.
Eu fiquei bem nervosa, mesmo. Porque eu imaginava fazer essa cirurgia no meio do ano, e meu médico abriu a agenda dele e disse 'vamos fazer daqui 15 dias?'. Puft! Eu quase morri mas marquei. 
E lá estava eu, as 5 da manhã em jejum no hospital. Subi pro quarto depois de algum tempo, coloquei aquela roupa de cirurgia, a touca na cabeça e fiquei morrendo de medo.
Meus maiores medos eram os clássicos: não gostar do resultado ou ter alguma complicação no meio da cirurgia/anestesia. E ah, também sobre o pós operatório, porque depois que pesquisei, vi tanta gente com hematoma, que passou mal, que isso e que aquilo, que eu confesso que estava meio em pânico de sair parecendo que fui atropelada.
Uma enfermeira me aplicou uma pré-anestesia que me deu um sono, dormi uns 20 minutos e acordei quando estava indo pro centro cirúrgico. Me colocaram na mesa de cirurgia, e eu lembro de estar muito calma e tranquila, e de ter ficado muito feliz quando vi meu médico entrando na sala. O anestesista disse que ia liberar minha anestesia e eu só lembro de pensar 'nossa que rápido' (porque senti minha língua dormente e capotei). Minha cirurgia durou quase uma hora a menos do que o esperado, porque meu médico não precisou quebrar o osso do dorso e só raspar. Eu sai depois de umas duas horas de cirurgia e fui pra uma sala de observação. Lembro que uma enfermeira me acordou dizendo que estava tudo bem, e eu estava tremendo muito, depois de ensaiar e arrancar forças por causa da grogueira da anestesia, perguntei se era normal sentir aquilo, ela disse que sim por causa da queda de temperatura do corpo, me cobriu e uns 5 minutos depois eu já estava bem. Fiquei mais um tempo lá com um monte de gente que também tinha acabado de sair de outras cirurgias e depois fui pro meu quarto.
Quando cheguei lá, eu já estava super bem, fui recebida pelos meus pais e meu namorado, que ficaram me dando amor e carinho e me tranquilizando. Depois de um tempo tive coragem pra perguntar se eu estava muito feia ou com muitos hematomas... Por eu ser branquinha, fiquei imaginando que eu estaria muito marcada, mas por incrível que pareça eu sai de lá sem nenhum roxo!
A carinha de sono e de acabada vocês ignoram, mas quero mostrar tudo pra vocês.

Eu passei o dia todo e dormi no hospital. Normalmente as pessoas são liberadas pra ir pra casa no mesmo dia, mas meu médico prefere que passemos a noite lá, pra no dia seguinte ele dar alta e tirar esses caninhos que ficam dentro no nariz.
Pra mim, esse foi o 'pior' dia. Apesar de eu não sentir dor nenhuma e ficar tagarelando dia inteiro, por eu respirar sempre muito mal, eu sempre forcei muito meu maxilar pra respirar de boca aberta. E como nesse dia, por causa dos caninhos, eu precisei ficar 24horas respirando assim, então meu maxilar doeu muito mesmo durante a noite, e eu precisei tomar uns 2 ou 3 analgésicos ao longo das horas. E acho que eu falei demais também o dia todo, então eu forcei muito a boca... Teimosa!
Fora isso, foi tranquilo. No dia seguinte de manhã o Dr. passou no hospital e retirou esses caninhos, que incrivelmente pareciam que estavam até meu cérebro, porque ele tirava e não parava de sair, rs.
E a gaze em baixo no nariz eu tirei também, porque o sangramento mesmo maior acontece só no primeiro dia (eu trocava a cada duas, três horas).
Fui pra casa com um monte de gaze que ele me deu caso sangrasse durante o caminho, precisei tomar alguns antibióticos e ele me passou um spray pra espirrar dentro do nariz pra fazer a limpeza durante o dia todo.
O que eu não pude fazer durante esses primeiros dias de pós operatório: dormir deitada e comer coisas solidas/quentes. Então eu dormi uma semana no sofá, meio inclinada e pra ficar de lado, eu dobrava o travesseiro, porque o rosto não podia encostar (isso pode entortar o nariz, então era muito importante ter todo o cuidado). Mas pra mim foi tranquilo, porque adoro sopa e estava calor, e eu sempre fui muito tranquila pra dormir. E sem contar que como alguns sabem, trabalhei um ano e meio viajando com banda e dormindo em ônibus... Então dormir inclinada no meu sofá foi fichinha.
Sem dor alguma a partir do segundo dia, porque eu já conseguia respirar pelo nariz então meu maxilar melhorou. 
Foto no segundo dia em casa. Nariz inchadinho...

Ao decorrer da semana foi tudo igual, o sangramento cessando cada vez mais após as limpezas. E uma vontade absurda de assoar o nariz (que obviamente não podia), então eu fazia a limpeza com cotonete o dia inteiro.
No meu 5º dia de pós, fui ao consultório do Dr. pra ele ver como eu estava. E eu estava incrivelmente bem! Ele me liberou dos antibióticos e retirou os curativos e os pontos (minha cirurgia foi a conhecida como 'aberta' que é quando tem pontos externos, que no meu caso foi na columela - parte do meio).
E esse foi na verdade, o pior dia de todos no pós. Porque você não sente dor, já que não mexe no nariz nunca... Mas pra tirar os curativos, você percebe o quanto está sensível, e essas fitas puxando algo que você operou a cinco dias, não é muito agradável. Mas o pior foi a retirada dos pontos externos, porque estava muito sensível e eu tinha muito sangue seco acumulado junto aos pontos, porque eu evitava esfregar ou encostar pra fazer a limpeza, com medo de que eles abrissem. Moral da história: doeu e eu sai de lá chorando que nem criança. 
O Dr. me ajudou a assoar o nariz e a fazer a limpeza e pela primeira vez na vida respirei direito, foi tão estranho a sensação do quanto de ar podia passar pelo meu nariz, que eu senti até mal estar (mais), rs.
Depois disso, só alegria. Tirando a parte de que meu nariz estava maior do que antes, porque obviamente estava muito inchado.
Muito inchado e ainda meio sujo de sangue.

A rinoplastia tem um processo lento pra mostrar o resultado, e eu aprendi que o melhor remédio pro pós é ter paciência. Porque você não vê o resultado final quando sai do hospital, nem quando tira os curativos, nem uma semana depois, nem um mês depois. Os médicos dizem que o resultado final da cirurgia pode demorar de 6 meses a um ano. E realmente... Nesses três meses de operada, cada dia meu nariz está de um jeito. Depende do horário dia, se eu espirrei ou não, se está frio ou calor, se eu chorei... Ele incha ou desincha de acordo com muitas coisas.
Mas o melhor de tudo, além de eu estar me sentindo finalmente feliz e mais confiante, é que minha saúde melhorou muito e eu durmo muito bem agora, porque respiro melhor.


                         Dia que tirei os curativos (5º dia)  -         12º dia de pós   -               1 mês de pós


1 mês de pós

Minhas restrições durante o primeiro mês foi apenas não fazer esforço físico e não se expor ao sol (essa parte por 6 meses).
Nesse meio tempo, os pontos internos foram aos poucos se soltando e caindo sozinhos. Eles parecem umas linhas bem pequenas de silicone que saiam em forma de nózinho quando eu limpava o nariz e etc.
À partir do segundo mês meu médico já me liberou pra fazer academia e voltar a vida ao normal.
Nada mais mudou desde então na questão de pós, apenas meu ego, minhas antigas frustrações e manias que eu tinha por causa do trauma que tinha sobre meu nariz. 
Eu estou muito feliz mesmo com o resultado, tanto pela parte estética quanto pela funcional.
Meu nariz continua grandinho/compridinho, mas eu sempre gostei disso, o que me incomodava era mesmo o dorso alto que deixava ele muito feio e atrapalhava na harmonia dos meus traços.
Estou com 3 meses e 1 semana de pós e muito feliz, realizada, animada.

3 meses de pós operatório

Enfim gente, é isso, estou muito feliz mesmo! Espero que esse post tenha ajudado e tirado algumas dúvidas que vocês tenham. Se tiverem mais, podem me perguntar que eu vou ter o maior prazer em ajudar e responder.

Beijos <3

terça-feira, 15 de abril de 2014

Sobre nós

Meu amor, eu estou engasgada no meio dessas palavras desde aquele dia. Mais um dia comum, aonde eu arrumo minha mala, separo minhas roupas, meu perfume e meus sapatos, saio apressada pra ir pra sua casa e te encontro dormindo no mais profundo sono na sua cama.
Eu pensei que estaria arrasando com seu coração chegando com meu sapato de salto mais bonito, mas foi você quem arrasou com o meu quando apareceu com o vinho branco mais gostoso que tomei na vida.
Nossa simplicidade numa massa improvisada, um molho vermelho sem muito tempero pra você não reclamar do cheiro de cebola que fica na minha mão, os pratos de plástico que a gente nem gosta muito da sua vó e nossa fome interminável... De comida e de amor.
Não demorou muito, você como sempre comendo rápido e eu ainda na terceira garfada. Deixei metade no prato porque meu nervosismo, ansiedade e lágrimas intermináveis não me deixavam terminar de comer... E tudo isso porque você resolveu falar.
Não olhei no relógio, o tempo parou quando você encostou na minha mão e disse tudo o que sentia. Eu, que tanto falo, fiquei sem palavras. "Para de chorar, amor", você insistia e dizia mais um bilhão de coisas lindas. Então, agora é minha vez.

A vida tem um gosto diferente pra mim todas as manhãs desde aquela terça-feira de carnaval do ano passado. Eu acordo todas as manhãs, olho meu celular com nossa foto mais linda de fundo e lembro que já estou com saudade. Eu levanto e vou trabalhar, fico ansiosa esperando você me mandar alguma coisa, assim eu sei que você foi dormir bem e consequentemente acordou bem também.
Desde aquele dia eu não vibro mais por mim, vibro por você e por nós. Suas conquistas são um motivo a mais pra eu sorrir, e elas são muitas nesses últimos tempos. Saber que eu estou ao seu lado e que eu sou a primeira pessoa com quem você compartilha essas alegrias, não tem preço.
Dormir apertada, passar frio ou calor, acordar inúmeras vezes de manhã com as cachorrinhas latindo, tudo bem. Tudo isso é compensando quando abro o olho e é você quem tá do meu lado, ou quando eu nem abro e já estou recebendo beijos. Ou porque não, das suas declarações e demonstrações de afeto com seu sonambulismo na madrugada.
Às vezes sinto cheiros e ouço músicas que me lembram do começo de tudo, e parece que já passou tanta coisa, que passamos por tanta coisa... Que saber que posso ter o resto da vida tendo esses momentos maravilhosos é o que me dá força pra continuar dia a dia, reerguendo minha vida.
Quando você chegou estava tudo uma bagunça, dentro de mim e fora de você. E passo a passo fomos reconstruindo nossos sentimentos, nossos problemas, tendo novos sonhos e criando ambições na vida pra subir cada degrau. Você já subiu uns dez! Eu devo estar no segundo ainda, mas pretendo te alcançar. E quando isso acontecer, eu tenho certeza que um novo passo a gente vai dar, juntos.
Lembro que desde que me conheço por gente imaginava ter alguém ao meu lado assim, igualzinho você. Mas nunca achei que fosse capaz de encontrar em uma única pessoa tanto adjetivo bom. Carinhoso, conselheiro, amigo, inteligente, engraçado, sonhador, lindo, e acima de tudo, capaz. Capaz de ser tudo até mesmo que você as vezes nem é, só pra me agradar. De se transformar, de ser um novo alguém. E ser o alguém que me faz mais feliz do que tudo no mundo. O alguém que me leva pra jantar, que me da flores, chocolates e presentes, que me da carinho o tempo inteiro, que é protetor, e que só briga comigo quando eu demoro pra chegar na sua casa.
Que nossos momentos continuem sendo registrados e guardados entre apenas quem interessa nesse história toda: nós dois.
Brindemos ao nosso passado, nosso presente e nosso futuro. E que ela seja recheado de tudo o que vivemos até agora, porque tudo o que tivemos se resume em apenas uma palavra: amor.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Texto aos desacreditados

Desde que me conheço por gente me apaixono rápido. Me arrisco em dizer que minha primeira experiência com essa sensação tenha sido por volta dos meus três anos de idade. Meus amigos sempre me zoavam dizendo que eu escolhia um cara por semana pra me apaixonar. Aquilo ardia, inúmeras sensações percorriam por mim. Poderia dizer pra vocês que apesar de parecer gostoso, tudo o que eu senti nos meus últimos vinte e três anos beiravam o que chamamos de dor.
E foi à partir disso que eu nunca entendi muito bem o que significava a palavra amor. Apesar de sempre ser sonhadora e acreditar fielmente que um dia eu realmente conheceria essa palavra ao pé da letra, no fundo eu achava que não passaria daquilo que senti desde... sempre.
Sempre entendi que amor mesmo era aquele que eu sentia pelos meus pais, pelo meu irmão, pelos meus amigos... Mas nunca achei que existisse um paralelo a isso. Eu sempre acreditei que amor fosse só aquele frio na barriga que me dava quando via um cara gatinho no corredor da escola, ou que fosse aquela queimação na cabeça quando eu levava um fora.
Nunca perdi a esperança de um dia compreender se existia ou não algo além disso, e bom, posso fielmente dizer e de peito cheio que existe. Hoje em dia eu sei que o amor não beira a dor, o amor é o oposto disso. A falta de amor beira a dor... O amor, ah, o amor... Ele beira algo que eu nem sei explicar. Ele se iguala a felicidade, só que de uma forma mais forte. Se hoje eu pudesse dar nome a esse sentimento, eu sem dúvidas intitularia com o nome da pessoa que me fez finalmente descobrir que isso existe.
O amor da frio na barriga sim, e queima minha cabeça quando por um descuido penso que um dia posso perdê-lo, mas tudo isso tem uma intensidade muito maior do que as apaixonites pré-adolescentes... O frio da barriga acontece todos os dias de manhã, quando eu acordo e vejo que o amor está deitado do meu lado. Acontece quando estamos jantando e recebo uma sms dizendo "você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida". O frio na barriga vem no meio da madrugada quando ele me acorda só pra dizer "eu te amo". O frio na barriga vem também quando compartilhamos alegrias juntos, e até tristezas, ele vem quando percebo o quanto o amor nos conecta a uma pessoa. E a cabeça queima quando penso que não sou perfeita o suficiente, queima quando penso que não somos eternos, queima quando passamos mais de dois, três dias sem nos ver... O amor é uma fita de sentimentos e sensações dançando dentro de mim.

O amor vai brigar com você e cinco minutos depois vai te perdoar, vai te ligar chorando e vai te fazer sorrir. O amor não vai medir esforços pra te fazer feliz e pode até citar coisas que não acredita só porque você mudou a vida dele. O amor vai te dar a mão em todos os momentos, vai te puxar e vai principalmente te empurrar nos momentos em que isso precisa ser feito. O amor vai te dar todas as sensações mais incríveis do mundo e vai sentir junto à você.
Então aos desacreditados: o amor existe, vai entrar na sua vida quando você menos esperar e sim, a reciprocidade no amor existe e é incrível. Eu sempre disse e sempre ouvi dizer também "quando chegar a hora, eu vou saber o que é amor de verdade". E bom, eu posso dizer: eu finalmente conheci o amor, e ele tem endereço, nome, sobrenome e é a pessoa mais incrível que conheci na minha vida.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Minha própria série americana

Um certo dia criei coragem de assistir a famosa série 'One tree hill'. Tudo isso porque desde que me conheço por gente, sou apaixonada pelo Chad Michael Murray, que na série fazia o protagonista Lucas Scott. Foram nove longas e intensas temporadas, e uma média de mil lágrimas por episódio. Nunca assisti algo tão real, e devorei cerca de duzentos episódios em quatro meses...
Fato é que ao desenrolar da história, acabei me apaixonando pelo Nathan Scott, o meio-irmão de Lucas. Quem apenas assistiu os primeiros episódios da série deve achar que devo estar ficando louca, mas não. Como tudo na vida, resolvi dar uma chance ao Nate. Bom, dito e feito: amor platônico na certa. Desde então tenho vontade de falar do Nathan, porque a história dele é simplesmente perfeita, e o homem que ele se torna é ainda melhor. Mas a verdade é que nas estradas da vida real, acabei conhecendo meu próprio Nathan Scott. O esteriótipo do cara perfeito dos filmes existe, e sei que devem ter alguns espalhados por ai. Eu tive a sorte de conhecer um...
Quem conhece Nathan Scott, sabe que a leve rebeldia é só uma carcaça de prevenção por tudo que ele já passou e poderia passar. Percebemos que o jeitinho mau de Nathan é só uma válvula de escape, que em alguns meses se extrai em bondade e se transforma de forma absurda. Nathan sempre foi e sempre será o mocinho dos filmes, e o cara que você pega raiva no começo da história, mas se apaixona por saber que ele é simplesmente ele mesmo o tempo todo. E bem, depois que ele conhece Haley e se apaixona por ela, é que percebemos o quanto ele se escondia por de baixo daquela carcaça dura. Nathan Scott no fim, acaba sendo o cara que joga tudo pro alto só pra fazer as pessoas em sua volta felizes, um cara de coração enorme. Nate é o cara que pede sua namorada em casamento em pleno colegial, e mesmo sendo emancipado e morando sozinho, sabe que a vida não é tão simples assim... Mas ah o amor, ele nos faz assim. E bom, acima de tudo, Nathan Scott é a representação fictícia de que o amor pode mudar as pessoas e as vidas delas.

Vocês devem achar que não existe isso, que é só ilusão... Sinto (aliás, não sinto) em dizer que: eles existem. Sim, o homem que te dá um beijão cinematográfico quando você acabou de acordar existe. Sim, o homem que te coloca pra dormir fazendo massagem e te acorda com café-da-manhã na cama antes de ir trabalhar, existe. Sim, o homem que troca a noite num bar com os amigos pra ficar com você jogando video-game, também existe. Sim, o homem que vem dormir com você no meio na semana existe. O homem que te dá presentes inesperados só pelo prazer de te ver feliz, também existe. E ah, sabe aquele homem que corria de relacionamentos sérios? Ele também existe, e ele pode mudar de ideia caso se apaixone por você. Sim, o homem que faz de tudo pra te ver feliz e que só briga com você porque você precisa ir embora, existe. Então sim, o Nathan Scott existe. E ele deve estar escondido dentro de muito homem por ai... É só torcer pra que você seja a Haley na vida deles, e perceberem que a felicidade em dois é muito maior que ela sozinha.
Depois de muito tempo, foi aos 23 anos que eu percebi a essência de amar. 23 era o número da camiseta do uniforme de basquete no Nathan... Eu poderia ter me apaixonado por qualquer Lucas Scott por ai e ter demorado mais ou até menos pra descobrir tudo que eu sei hoje sobre amar, mas tinha que ser agora, tinha que ser hoje, tinha que ser aos 23 e tinha que ser Nathan Scott.
"Aprimorar. É um conceito simples. Significa superar a si mesmo,mostrar algo especial... A vida é engraçada às vezes. Pode ser muito dura. Como quando você se apaixona por alguém que não te ama. Como quando seu melhor amigo te deixa sozinho. Como quando você aperta o gatilho, ou esvazia um frasco de comprimidos e não pode mais voltar atrás. Dizem que não reconhecemos os momentos importantes quando estão acontecendo. Pensamos nas idéias, nas coisas ou nas pessoas e subestimamos tudo. E até não estar a ponto de perder algo, ninguém percebe o erro. Então você percebe o quanto precisava daquilo. E o quanto amava aquilo... Meu Deus, eu amo! Ouviram a frase “O bom da vida é grátis”? Essa frase é verdade. Às vezes as pessoas aprimoram, tentam se superar. Às vezes elas te surpreendem, às vezes a gente se decepciona. E às vezes a vida é engraçada... Pode ser muito dura. Mas, se você olhar bem, vai encontrar esperança nas palavras de uma criança, nas notas de uma música e nos olhos da pessoa que você ama. E se você tem sorte mesmo, se você é a pessoa mais sortuda do planeta, a pessoa que você ama decide te amar de volta." Nathan Scott

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A sombra de um sonho

Misteriosamente hoje me bateu uma sensação que me assombra de uns tempos pra cá. Acordei disposta a limpar meu guarda-roupa e dar embora um monte de coisas que eu não usava mais. No meio daquela bagunça, um cheiro de saudade e uma vontade de vez de colocar um ponto final em tudo.
Onze camisetas, duas blusas, e um milhão de pensamentos rodando minha cabeça e lembrando da melhor fase da minha vida. Coincidentemente ou não, falta menos de uma semana pra fazer quatro anos que recebi o e-mail que mudou a minha vida.
Desde que me conheço por gente, tenho o sonho de cair na estrada. Na verdade mesmo eu sempre quis ser artista, cantar, tocar... Mas a gente cresce e cai na real. Quando me apaixonei por fotografia e conheci os ramos que a profissão podia me levar, de cara me imaginei viajando pelo país com alguma banda estourada. Pra mim isso tudo parecia muito distante, afinal, a banda mais estourada do momento era minha preferida e não achei que pudesse vir outra com tanto ou mais sucesso.
No dia 26 de agosto de 2009, abri minha caixa de e-mails sem pretensão alguma, e recebi um com o título "Banda Restart". Eu não sabia direito quem eram eles, tinha visto uma vez ao vivo em alguma casa de show aqui no ABC e sabia que estavam fazendo sucesso na cena. Na época, eu fotografava uma banda pequena de Santo André, e de saber que o convite surgiu de uma banda mesmo que ainda um pouco maior, me fez saltitar de alegria. Lembro que assim que meus pais chegaram em casa, eu sai correndo pra avisar e de cara já marquei um dia de trabalho com eles que seria meu teste, coincidentemente na mesma casa de show que vi eles a primeira vez.
Antes do show em São Caetano, tivemos uma festa fechada em São Paulo. Tudo era muito mais tranquilo naquele tempo, meu pai que me levava para os lugares e pontos de encontro, muitas vezes perto da casa dos meninos. Meu cachê era 12% do que cobro hoje pra fotografar um show... Naquele dia eu cheguei miudinha, era dia 29 de agosto. E eu lembro como se fosse ontem... No mesmo dia os próprios meninos viram as fotos na câmera mesmo e já me adotaram como integrante da equipe. Nossa, eu ia pra estrada! Tudo era tão pequeno e pra mim já parecia grande demais.
No final de semana seguinte já tivemos uma mini tour no sul. Lembro que levamos 18 intermináveis horas pra chegar em Porto Alegre... Nesse tempo a gente viajava de van e chegava muito de madrugada. Depois de alguns problemas com caronas pra casa, meu pai quem começou a me buscar 2, 3, 4 horas da manhã... Ele acordava e dirigia os 30km de distância da minha casa até a casa dos meninos pra ir me buscar.
No começo era tudo muito diferente, nós éramos cerca de 12, 13 pessoas na equipe dentro de uma única van. Logo me apeguei a todo mundo e fiz amigos que sou amiga até hoje... Como os shows eram mais perto, a gente tinha mais tempo pra ficar em hotel e até conhecer as cidades. Nessa primeira viagem conheci Curitiba, e arrisco em dizer que isso pode ter sido um dos grandes pesos por eu ser apaixonada por essa cidade.
A caminho de algum show a gente ouvia a rádio e começou a tocar a primeira música de trabalho dos meninos. A gente pulava e gritava tanto, eu me sentia como se fosse minha própria música tocando na rádio... Abracei essa ideia por muitos meses. Hoje em dia eu nem sei se eu gosto ou não da música que eles faziam, mas eu abraçava tanto a ideia de trabalhar com a banda e me doar 100% que virei fã de carteirinha.
Ao longo dos meses as coisas foram crescendo incontrolavelmente. Mais shows, cidades mais distantes, milhares de gravações em rádios e tvs.

Quando minha avó chegou e disse que viu a banda que eu trabalhava na tv, ai sim eu percebi a proporção da coisa. Vivi indiretamente um sonho que nem era meu. E conquistei fãs que também nem estavam ali por mim.
Quando conto pra algumas pessoas que não fazem ideia de como é esse mundo, eles ficam boquiabertos quando conto que descia do ônibus, numa cidadezinha do interior e me deparava com alguma menina com um cartaz escrito meu nome. Ou quando antes do show eu ia conferir o palco e os cantos em que eu poderia me infiltrar pra fazer boas fotos, e ouvia 2, 3, 4 mil pessoas gritando. Quando eu ia filmar a fila que dava voltas no quarteirão do Happy Rock Sunday, e precisava levar um segurança comigo... O amor das fãs da Restart era muito caloroso, e todas eram sempre muito receptivas.
Confesso que quando entrei na equipe, eu tinha medo por ser uma das únicas mulheres e achava que as fãs não iriam gostar de mim, por ciúme ou inveja. Mas quando eu percebi que estava conquistando um cantinho no coração que guardavam para a equipe, eu fiquei encantada. Mal sabia eu, que o amor refletido na representação que eu fazia por elas, iria me prejudicar um dia.
Depois de um ano de estrada, eu percebi que não conseguia mais conciliar trabalho e estudo. Eu era apaixonada pela minha faculdade, pelos meus amigos e faltava tão pouco pra acabar. Mas eu escolhi trancar a minha matrícula e me dedicar como sempre o máximo que eu podia pelo meu trabalho. Agora nada mais me impedia...
Eu dormia em casa duas ou três noites na semana no máximo. Lembro que uma semana nós saímos na quinta e voltamos na terça da outra... Eu perdia tanta coisa pelo meu trabalho. Perdia muita coisa em família, muitos aniversários, datas comemorativas, perdia até mesmo qualquer programa normal que pudesse fazer com meu namorado na época. Esses dias eu achei um texto que fiz no final de 2010, e nem eu lembrava o quão depressivo estava sendo viver meu sonho.
Quando o Fresno escreveu em uma música "o asfalto é minha casa, mas não dá pra chamar de lar. É tão vazio, tão frio, tão fora do lugar", eles sabiam do que estavam falando.
Mas eu estava ainda e apesar de tudo, apaixonada pelo o que eu fazia. Eu fotografava a banda mais estourada do Brasil, 'conhecia' o pais inteiro, comia diferentes comidas, eu aprendia muito, e eu não só tirava foto... Eu era conselheira, eu comia docinhos no camarim da banda, eu fazia massagem, eu era travesseiro, eu ajudava a escolher roupa, ajudava a arrumar cabelo, guardava todos os presentes, e acima de tudo eu era amiga.
Eu gostaria de poder contar todos os detalhes, e até mesmo ver se isso me ajudaria a entender o que aconteceu. Mas não dá...
Fato é que no final de 2010 as coisas começaram a esfriar. O tesão pelo trabalho estava ficando pequeno comparado as dores de cabeça que eu estava tendo.
Nessa parte do texto, a gente finge que nada aconteceu, porque mesmo acontecendo tanta coisa, mesmo eu juntando todas as peças, eu não consigo entender o que foi que aconteceu pra receber aquela ligação em dezembro. Aquela ligação que em três minutos acabou com o sonho que eu tava vivendo nos últimos 16 meses.

Esse texto não é pra trazer a tona nada de profissional, até porque, esse blog é pessoal. E eu estou expondo coisas pessoais minhas... Por isso, infelizmente não posso ser clara o suficiente pra fazer todo mundo entender o que aconteceu. Porque no fundo mesmo, não se preocupem: eu também não sei o que aconteceu.
É que agora a pouco eu estava assistindo o Rock Estrada, e vendo minhas imagens ali, meu trabalho passando no Multishow. E eu comecei a pensar em tudo que aprendi, e o quanto eu pude crescer.
O problema é que a partir daquele dia, eu simplesmente dei inúmeros passos pra trás. Foram muitos meses pra sair da depressão... Quase perdi os 10kg que havia ganhado com a má alimentação na estrada. E bom, toda a carga e portifólio que ganhei não adiantaram de nada, porque eu simplesmente não queria mais trabalhar.
Aos poucos, em pequenos passos eu fui voltando ao ritmo. Mas posso garantir que o choque de realidade entre os anos de 2009 e 2010, 2011 e 2012 foram exatamente opostos. Dos melhores aos piores anos da minha vida em uma ligação de 3 minutos.
Hoje eu estou formada, voltando ao trabalho aos poucos, com projetos legais pro ano que vem, e ao lado de pessoas que só querem o meu bem. E depois de jogar tudo fora, todas as palavras, e camisetas de uniforme, posso garantir que eu estou finalmente superando.
A dor da perda é algo que demora muito pra sair de dentro de você. Ainda mais quando pelo menos uma vez por semana alguém, qualquer pessoa, te pergunta "E o Restart?".
Depois de muito tempo eu posso dizer que estou pronta pra seguir em frente. E sei que muita gente não vai entender, mas a grandiosidade desse sonho foi pra mim assim como era pra eles, e assim como era pra vocês. E quando eu perdi isso, eu perdi a minha essência...
Por falta de atualização na profissão, por ter fãs demais, por companheiros de equipe de mau caráter ou simplesmente pelo destino... Eu passei por tudo isso, e doeu. Mas a vida continua, e posso dizer que nunca é tarde pra continuar. E bom, quatro anos depois de tudo, eu posso dizer pra vocês: estou seguindo em frente.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Mulher de sorte

Esses dias li no facebook uma citação que dizia que sorte da mulher que encontrasse um homem que a chamasse de linda, invés de gostosa. Da mulher que encontrasse alguém que levasse ela pra conhecer a família e não pro quarto. Da mulher que apenas sorrisse invés de chorar, e da mulher que tivesse certezas invés de dúvidas. Eu li, li de novo e pensei: "quanta bobagem".
Sorte da mulher que encontra num homem, tudo isso e muito mais. Sorte da mulher que é completa. Sorte da mulher que encontra um homem que te leva pra cama e pra jantar com a família, que ouve o quanto ela é linda, mas que sim, também escute que é gostosa e que seu corpo o deixa louco. Sorte da mulher que tem um homem que te faz chorar também, mesmo que seja de saudade. Sorte da mulher que dia a dia conhece um pouco mais o cara que tá do lado dela. Sorte da mulher que não tem certeza de nada e vive a vida dançando e rodopiando num relacionamento cheio de sentimentos e coisas pra se desvendar. Ah, sorte da mulher que encontra tudo isso em uma pessoa só.

Sorte da mulher que não se apaixona a primeira vista, e muito menos na segunda, ou quem dirá na terceira. Sorte da mulher que demora pra enxergar alguém escondido ali. Sorte da mulher que tem que arrumar uma cama bagunçada da manhã, mas que recebe massagem nos pés quando chega do trabalho. Sorte da mulher que acorda com um sorriso te chamando de princesa, e que vai dormir ouvindo que você ronca demais. Sorte da mulher que lava a louça cheia de pia escondidinha pra não levar bronca por fazer demais. Sorte da mulher que sai pra beber uma cerveja gelada com os amigos dele e sorte da mulher que leva ele pra beber uma cerveja gelada com suas amigas. Sorte da mulher que ouve verdades invés de panos quentes. Sorte da mulher que mesmo de voz trêmula, consegue dizer e principalmente ouvir tudo o que dá pra resumir de um sentimento. Sorte da mulher que ouve que é linda, que é maravilhosa, que é gostosa e que é um monte de apelidos de personagens de desenho animado. Sorte da mulher que vira do avesso a vida de alguém, e que ele esteja disposto a viver assim.
Um dia, quem escreveu aquilo no facebook vai perceber tamanho erro cometido. Um dia aquela pessoa vai amar, e com muita sorte, será amada por essa mesma pessoa que ela ama. Um dia, essa pessoa vai até fazer um texto se redimindo... E eu torço pra que essa pessoa - um dia - possa ser uma mulher de sorte como eu.