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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Texto aos desacreditados

Desde que me conheço por gente me apaixono rápido. Me arrisco em dizer que minha primeira experiência com essa sensação tenha sido por volta dos meus três anos de idade. Meus amigos sempre me zoavam dizendo que eu escolhia um cara por semana pra me apaixonar. Aquilo ardia, inúmeras sensações percorriam por mim. Poderia dizer pra vocês que apesar de parecer gostoso, tudo o que eu senti nos meus últimos vinte e três anos beiravam o que chamamos de dor.
E foi à partir disso que eu nunca entendi muito bem o que significava a palavra amor. Apesar de sempre ser sonhadora e acreditar fielmente que um dia eu realmente conheceria essa palavra ao pé da letra, no fundo eu achava que não passaria daquilo que senti desde... sempre.
Sempre entendi que amor mesmo era aquele que eu sentia pelos meus pais, pelo meu irmão, pelos meus amigos... Mas nunca achei que existisse um paralelo a isso. Eu sempre acreditei que amor fosse só aquele frio na barriga que me dava quando via um cara gatinho no corredor da escola, ou que fosse aquela queimação na cabeça quando eu levava um fora.
Nunca perdi a esperança de um dia compreender se existia ou não algo além disso, e bom, posso fielmente dizer e de peito cheio que existe. Hoje em dia eu sei que o amor não beira a dor, o amor é o oposto disso. A falta de amor beira a dor... O amor, ah, o amor... Ele beira algo que eu nem sei explicar. Ele se iguala a felicidade, só que de uma forma mais forte. Se hoje eu pudesse dar nome a esse sentimento, eu sem dúvidas intitularia com o nome da pessoa que me fez finalmente descobrir que isso existe.
O amor da frio na barriga sim, e queima minha cabeça quando por um descuido penso que um dia posso perdê-lo, mas tudo isso tem uma intensidade muito maior do que as apaixonites pré-adolescentes... O frio da barriga acontece todos os dias de manhã, quando eu acordo e vejo que o amor está deitado do meu lado. Acontece quando estamos jantando e recebo uma sms dizendo "você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida". O frio na barriga vem no meio da madrugada quando ele me acorda só pra dizer "eu te amo". O frio na barriga vem também quando compartilhamos alegrias juntos, e até tristezas, ele vem quando percebo o quanto o amor nos conecta a uma pessoa. E a cabeça queima quando penso que não sou perfeita o suficiente, queima quando penso que não somos eternos, queima quando passamos mais de dois, três dias sem nos ver... O amor é uma fita de sentimentos e sensações dançando dentro de mim.

O amor vai brigar com você e cinco minutos depois vai te perdoar, vai te ligar chorando e vai te fazer sorrir. O amor não vai medir esforços pra te fazer feliz e pode até citar coisas que não acredita só porque você mudou a vida dele. O amor vai te dar a mão em todos os momentos, vai te puxar e vai principalmente te empurrar nos momentos em que isso precisa ser feito. O amor vai te dar todas as sensações mais incríveis do mundo e vai sentir junto à você.
Então aos desacreditados: o amor existe, vai entrar na sua vida quando você menos esperar e sim, a reciprocidade no amor existe e é incrível. Eu sempre disse e sempre ouvi dizer também "quando chegar a hora, eu vou saber o que é amor de verdade". E bom, eu posso dizer: eu finalmente conheci o amor, e ele tem endereço, nome, sobrenome e é a pessoa mais incrível que conheci na minha vida.