Amor platônico

Resolvi falar hoje sobre esse amor estranho que todos nós estamos sujeitos a sentir. Amor platônico é uma coisa estranha, e eu que sei. Essa noite sonhei que namorava um cara que sou apaixonada, e nem a minha língua ele fala. Mas a questão não é nem sonhar em si, porque sonhar é gostoso, é uma realidade externa em que a gente passa uma situação que talvez nunca vamos passar. A parte ruim é acordar e ver que era uma mentira (parece tão cruel, né?).
Por algum motivo, toda vez que sonho alguma coisa forte assim, eu passo o resto do dia de bode. Ai eu ligo a tv e lembro de um outro amor platônico que me atormenta a pelo menos uns sete, ou oito anos. Posso desabafar? Olha, se for pra amar algum cara inalcançável, que seja gringo, e que você nunca conheça ele na vida. Porque juro que não tem nada pior do que se tornar amiga, ou conhecida do seu amor platônico, porque ai ele não é mais platônico, é amor mesmo... E vira um amor embutido, você vive a vida inteira gostando de caras aleatórios, mas liga a tv, liga o rádio e lembra daquele cara que você só acreditava que existia atrás do monitor do seu computador, e lembra das conversas de verdade, das saídas e porque não, das mensagens no celular que vocês trocavam.
O pior de construir um mundo que não existe quando você ama um cara que mora a milhares de quilômetros de você, é você chegar a conclusão de que vocês seriam um o amor da vida do outro. Sabe aquela coisa que 'falta de oportunidade'? Pois é.

A última vez que eu falei com meu 'ex-amor platônico', ele foi um grosso comigo e nunca mais fui atrás dele. É. Ai resolvi me apegar ao John O'Callaghan (que foi quem eu sonhei essa noite, e cheguei a ver a cinco centímetros de distancia de mim, rs) e ao Ian Somerhalder (que por favor, é o cara mais lindo do mundo e tá vindo pro Brasil esse ano, alguém me dá dinheiro? rs).

É gente, amor platônico é tão gostoso. A gente sente ciúmes das namoradas verdadeiras (ou as segundas opções deles, porque nós sempre seremos as namoras número um, né? rs), a gente pendura poster pelo quarto, coloca foto no celular, no fundo de tela do computador, e fica escrevendo o nome no caderno da escola. E não achem que tem idade pra isso não... Meu caderno da faculdade está cheio de coraçãozinho com "John" no meio, e beirando os meus 22 anos não tenho vergonha de falar disso (será que eu esqueci de crescer? rs). Mas ao mesmo tempo também dá uma dor, saber que você alimenta um sentimento tão grande (porque ai já passou a fase do 'ele é só meu idolo') e o cara nem saber que você existe, enquanto aqui desse lado a gente planeja nosso vestido de casamento e até a viajem da lua de mel.
Já cansei de tentar ir dormir e ficar uma, duas, três horas fantasiando uma situação que não vai acontecer jamais. E pior: revivendo as que já aconteceram.
E vocês, tem algum amor platônico? Me contem suas experiências. E ah! Torçam pra ele não sair do mundo inatingível e conversar com você segurando e fazendo carinho na sua mão...